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7 Julho 2021
Também há estereótipos no “B2B”?
O desafio da desconstrução de rótulos e clichés das empresas
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Como
desconstruímos preconceitos pré-estabelecidos (passo a
redundância) sobre organizações, empresas e marcas,
relativamente às suas capacidades efetivas? Também estas evoluem
naturalmente ao longo do tempo no seu processo de crescimento,
também elas se transformam e acumulam experiências, valências e know-how,
também elas vão mudando o foco ou especializando- se. Não
teremos nós, também, o dever de empoderar as marcas e desafiar as
caixinhas onde as confinamos? Será que os olhos dos consumidores
conseguem acompanhar esta evolução das marcas?
Autor:
Por João Santos, COO do WYgroup
Há
muito que foi entendido, através do brand
storytelling, que as marcas
veiculam histórias que persuadem e inspiram de forma única e
intensa. Estas histórias abrem espaço para a compreensão de
novas experiências e são poderosas para transformar ou aguçar
as nossas convicções e perspectivas sobre o mundo real, além de
terem o poder de transmitir os costumes, princípios e valores de
uma sociedade. São metáforas do conhecimento, um zeitgeist cultural, que retratam uma
representação da sociedade, pelo que a comunicação das marcas
tem vindo a ter um impacto realmente significativo na forma como
vemos a sociedade. As marcas podem usar a sua influência para
educar, inspirar, capacitar e lançar as bases para uma sociedade
mais igualitária e desenvolvida do ponto de vista socioeconómico.
É
certo que a Dove (#realbeauty), a Ariel (#sharetheload), a Burger
King (#proudwhooper), entre outras, há uns anos que têm vindo a
assumir o seu papel relevante neste impacto e a responsabilizarem-se
na luta pelo propósito de desafiar à desconstrução de
estereótipos, nomeadamente na inspiração da beleza real, do
empoderamento feminino, na igualdade de género, ou reduzindo algum gap numa
sociedade menos justa. Há muito por fazer ainda, mas vê-se já
um trilho de brand followers na
quebra destes estereótipos na sua comunicação – seja ele qual
for, sempre adequado ao propósito da marca - orientada às
pessoas, ou na gíria do ofício, em Business
to Consumer.
Mas
será que isto se passa na comunicação B2B? Como desconstruímos
preconceitos pré- estabelecidos (passo a redundância) sobre
organizações, empresas e marcas, relativamente às suas
capacidades efetivas? Também estas evoluem naturalmente ao longo do
tempo no seu processo de crescimento, também elas se transformam e
acumulam experiências, valências, know-how, também elas vão
mudando o foco ou especializando-se. Não teremos nós também o
dever de empoderar as marcas e desafiar as caixinhas onde as
confinamos? Será que os olhos dos consumidores conseguem acompanhar
esta evolução das marcas?
Temos
alguns exemplos internacionais de empresas que desafiaram
estereótipos sem medo de se reinventar, tanto no seu mercado como
na sua comunicação e, também, aos olhos dos seus consumidores.
A Catterpillar, cujo foco era a maquinaria pesada de construção
civil, num processo natural evoluiu o seu negócio para agregar
também roupa e calçado resistente e robusto; ou a Michellin,
fabricante de pneus, desenvolveu ao longo do tempo os famosos Guias
que vieram dar origem às estrelas tão conceituadas de
qualificação da restauração.
No WYgroup, também nós temos esse desafio pela frente: o de quebrar
estereótipos e ideias pré- concebidas. O que começou por uma
empresa de design e branding, há 20 anos atrás, foi naturalmente abarcando outras áreas da
comunicação e do marketing, expandindo para mais competências na
sua oferta de negócio e de produto, conquistando clientes, e
é hoje em dia uma empresa com mais de 330 colaboradores, uma
“one-stop-shop”
internacional dedicada à experiência do consumidor, nos seus
múltiplos pontos de contacto com as marcas, e
que exporta o seu know-how e expertise para variadíssimas geografias. Com as mesmas ferramentas, talentos
e expertise que o faz para Portugal. Mas Portugal ainda não vive totalmente bem
com aquilo que faz de forma superior.
Porque
é que continuamos a acreditar que só as multinacionais conhecem o
mercado internacional? Porque é ainda pensamos que consultoria e
criatividade não podem ser sinérgicas e trabalhar juntas? E será
possível oferecer serviços de media, tecnologia, dados e
criatividade num único local? Isso existe? Existe, sim, e lá fora
já nos reconhecem como tal. Falta agora desafiar o estereótipo
português a ver-nos com os olhos com que somos apreciados e
reconhecidos noutras latitudes.
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